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Jovens e bem-informados: quem são e onde vivem os compradores de imóveis de alto padrão

Antes de anunciar uma bela e luxuosa casa em Alphaville por R$ 5,5 milhões, o corretor Anderson Plácido lembrou de um cliente e decidiu mandar fotos da mansão por um aplicativo de mensagens. Assim, a casa no valor de milhões foi vendida sem ao menos ser anunciada no site da corretora. Casos como esse representam a realidade do segmento que tem compradores cada vez mais jovens e mais bem informados.

Há 12 anos no mercado de imóveis de alto padrão em Salvador e Litoral Norte da Bahia, Anderson Plácido fala sobre mudança de perfil dos clientes: “Antes, o público que adquiria esses imóveis eram empresários e acima dos 60 anos. Agora, temos gente mais jovem como influenciadores, artistas e jogadores de futebol. A faixa etária mudou para os 25 a 30 anos”, revela. Eles também estão mais ligados nos anúncios nas redes sociais e não demoram para fechar negócio.

A mansão mais cara à venda pela Plácido Imóveis, empresa do corretor, custa R$ 8,9 milhões. O imóvel fica localizado em Alphaville I, próximo a Avenida Paralela. São sete quartos e 10 banheiros dispostos em uma área de 1.100 metros quadrados. Piscina, poço de elevador, área gourmet e estúdio de gravação completam o combo de luxo.

Anderson Plácido, no entanto, já vendeu imóveis ainda mais caros. Uma mansão de R$ 19,8 milhões rendeu seu melhor contrato até hoje. A comissão dos corretores de imóveis é de 5% em média, conforme recomenda o Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Bahia (Creci-BA). Nesse caso, o valor recebido pelo profissional pode ter chegado a R$ 990 mil.

“Os corretores são profissionais liberais e negociam seus honorários. O Creci-BA estima que os percentuais de honorários sejam de 5% para imóveis urbanos e 10% para imóveis rurais”, explica Nilson Araújo, presidente do conselho. “Apesar de o trabalho dos profissionais ser o mesmo no mercado de luxo ou não, é preciso que os corretores desse segmento tenham uma compatibilidade no seu nível de apresentação e vocabular”, completa.

O número cada vez maior de pessoas que fazem sucesso nas redes sociais ampliou o segmento de imóveis luxuosos na capital baiana e as grandes fortunas têm “trocado de mãos” com mais frequência e estão mais espalhadas, inclusive em Salvador.

A tecnologia democratizou a aquisição de imóveis de luxo em todo o país. Vemos influenciadores que, muito jovens, estão num patamar muito alto. A influenciadora baiana Sthefane Matos revelou que comprou uma casa luxuosa em Alphaville por R$ 3 milhões, em 2020. Na época, a influencer tinha 21 anos e publicou um vídeo no YouTube em que mostra a nova casa aos fãs. A gravação, que recebeu o título de ‘Comprei minha mansão!!’, foi vista por quase 3,5 milhões de pessoas.

Ainda assim, a maior parte dos compradores do segmento continua com profissões tradicionais. É o caso de empresários, médicos e advogados. Os bairros mais desejados também permanecem os mesmos.

Além de Alphaville, onde mora boa parte dos famosos soteropolitanos, estão na mira dos milionários o Horto Florestal, Patamares e Barra. O Corredor da Vitória tem as opções de valor mais alto. “O preço tem que ser justo. Nossa cidade tem um limitador de preço. Uma casa de R$ 15 milhões não é facilmente vendida em Alphaville, por exemplo. Com esse preço, só na Vitória”, diz Anderson Plácido.

A escassez é a causa dos alto preços, a Vitória não tem mais espaço para construir e não existem mais terrenos. Futuramente prédios antigos serão comprados para darem lugar a novos empreendimentos nesse lugar único e com uma vista única.

Fonte: Correio da Bahia

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